A saúde da população negra
- Por Marceli Tavares
- 2 de nov. de 2017
- 4 min de leitura
Aedes Aegypti, Zika, Experimentos humanos e Racismo: um desabafo em formato de

alerta sobre um assunto que muito me preocupa. Como mãe e agora a espera do meu segundo bebê, muito me preocupo não somente por mim, mas por tantas outras mulheres e crianças sobre algo que há um tempo venho alertando em grupos pela internet e amigos mais próximos, porém me impressiona o descaso que dão a questão. O que se é sabido pela maioria, ocorreu um surto de microcefalia no país, decorrente a contaminação de gestantes com o Zika vírus, que é uma doença transmitida pelo mosquito vetor Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue e febre amarela, dentre outras doenças.
Bem... Simplesmente alegam que todas elas possuem origem africana, assim como a SIDA que "veio" de macacos e, na época, um grupo de pessoas tentou atribuir esse surto a facilitação da entrada de imigrantes africanos no país. Agora olhe que curioso: tudo quanto é doença por vírus ou bactérias que provocam uma situação endêmica ou epidêmica, sempre vem do continente africano e atribuem a macacos ou pessoas oriundas de lá, “interessante”, não acham? Estão justificando a xenofobia seletiva – leia racismo- com isso. Mas só que a história não para por aí: no início de 2014 teve oficialmente a soltura em solo nacional de milhares de mosquitos geneticamente modificados, desenvolvidos pela empresa Oxitec, de origem britânica.
Esses mosquitos seriam utilizados no combate ao aedes. "Coincidentemente", meado de 2014 começou um surto de zika. Coincidentemente, também, 1 ano após, mulheres que tiveram zika e engravidaram, tiveram, em sua maioria, filhos com microcefalia. Lembrando que: a) Esse teste em grande escala é pioneiro e o Brasil foi escolhido para sediar o experimento com mosquitos mutantes. b) Em 2009 5 mil ovos de mosquitos mutantes foram enviados para testes aqui no Brasil e, mais ou menos no mesmo período, novos tipos de dengue e surtos surgiram (já estamos no tipo 4... 5... Já nem sei) c) Agora, em 2017, foi autorizada a soltura comercial de novos mosquitos, também modificados geneticamente, pois foram desenvolvido com uma bactéria em seu interior, chamada Wolbachia, e que são estéreis, ou seja, não podem se reproduzir, mas que ao cruzarem com mosquito fêmea do Aedes aegypti, bloqueiam a reprodução da espécie. Agora pasme: a empresa que criou esse mosquito é a mesma que desenvolveu os mosquitos geneticamente modificados para espalhar o vírus da dengue e da Zika, dentre outros, a Oxitec... d) O Zika vírus foi também desenvolvido em laboratório e patenteado pelo laboratório Rockfeller, que faz parte de um conglomerado pertencente a uma família de mesmo nome, que simplesmente é uma das que mandam e desmandam no mundo, e venderam para essa empresa, a Oxitec, o Zika Vírus para seus experimentos. Ou seja: se você tiver um laboratório e milhões para investir, também pode comprar esse, como tantos outros vírus, e desenvolver seus planos mirabolantes de arma biológica pelo mundo. e) Eles podem dar o nome que quiserem as doenças que estão nos contaminando, pois nunca saberemos a real...

Podemos citar um experimento recente ocorrido na África Ocidental, mais precisamente em Guiné e que se espalhou por diversos países vizinhos, no oeste africano, no ano de 2013 e deram o nome de EBOLA. Podemos falar também de outros experimentos humanos e citarei dois, apenas: na década de 40, para testar a eficácia da penicilina, na Guatemala, infectaram com sífilis prostitutas, presidiários e internos de hospícios e a outra situação foi para testes com câncer nos estados unidos: algumas pessoas receberam implantação de células cancerígenas, outras receberam radiação extrema. Só pra constar: as pessoas utilizadas nas duas situações eram negras.
E o que o Brasil tem a ver com isso? Somos apenas o segundo país com o maior número de negros no mundo. O que posso concluir, com base na questão dos mosquitos, é que estamos sendo usados para testes de armas biológicas e pela indústria farmacêutica, até pelas regiões escolhidas para o mesmo serem Estados com predominância populacional negra, é que se trata de uma prática também eugênica, uma vez que afeta diretamente a integridade de gerações futuras, no caso, compromete a saúde e desenvolvimento de novas crianças, bem como, de acordo com estudos, a saúde da mulher, uma vez que contaminada, poderá em gestações futuras, gerar filhos também com microcefalia ou outros problemas/complicações.
Como se não bastasse o infanticídio de nossas crianças, o genocídio dos nossos jovens e homens, o descaso com a saúde da mulher, o abandono dos nossos idosos pelo SUS, toda marginalização e estereótipos que sofremos, bem como todo condicionamento a miséria, baixa escolaridade e subempregos, também viramos animais de laboratório, pois deixamos de cada vez mais ser a “carne mais barata do mercado”, para ser a carne sem qualquer tipo de valor ou significância, senão a de boas cobaias para os mais cruéis e bizarros experimentos em prol da ganância de um siste
sistema desumano e dominador.
O que quero realmente saber é: até quando continuaremos sendo desrespeitados, explorados, violados, quando não assassinados, por esse sistema?

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